domingo, 26 de maio de 2013

Sou uma criatura darwinística


Adaptar 
a.dap.tar -  do latim adaptare
v.t.d. 1 Pôr em harmonia: Adaptar uma peça teatral. Adaptar o estilo ao assunto. v.t.d. 2 Fazer acomodar a visão: Adaptar os óculos. Adaptar o binóculo ao exame de uma paisagem. v.t.d. e v.t.i. 3 Tornar apto: Adaptara o aprendiz ao ofício. v.t.d. 4 Combinar, encaixar, justapor: Adaptar um verso a outro. v.t.d. e v.p.r. 5 Ajustar (uma coisa a outra): Adaptar o sapato aos pés. Adapta-se o corpo ao leito. v.p.r. 6 Aclimar-se: Adaptar-se ao meio. v.p.r. 7 Acomodar(-se), pôr(-se) em harmonia: Esta lição adapta-se a todas as mentalidades. Antôn: desadaptar, desacomodar, desajuntar, desajustar, desconjuntar, deslocar.
Adaptação
a.dap.ta.ção
s.f. 1 Ação de adaptar; resultado desta ação. s.f. 2 Integração de uma pessoa ao ambiente onde se encontra: a adaptação escolar de uma criança. s.f. 3 Adaptação ao meio, ação modificadora dos fatores externos sobre o comportamento e a estrutura dos organismos vivos: adaptação das plantas ao clima seco.


Requer esforço, mas o tio Darwin já disse que os que não se adaptam, sucumbem! Então vamos nos adaptar, certo? Ou não. Nos dias de hoje existe uma possibilidade belíssima de adaptar o meio a você, você ao meio e assim encontrar um lindo equilíbrio.

Quem quiser me criticar por isso, que me critique. Mas o fato é que não tô afim de ficar comendo feijão enlatado doce e vou continuar procurando loucamente um lugar que venda feijões pra eu cozinhar com sal e louro!

Claro que eu não posso transformar a Escócia no Brasil, então a gente vai passando frio um pouco aqui um pouco ali e o corpo vai se acostumando com a friaca lascada e mais hora, menos hora eu já estarei saindo de vestidinho na neve. Claro que eu devo admitir que não é nenhum esforço comer Shortbread com uma xícara de Earl Grey (feito com leite), tão pouco é um esforço andar na rua sem medo de ser assaltada, atravessar na faixa ou comer morango gigantes e super doces.

A Escócia tem várias vantagens, mas acontece que tem coisa que eu não quero ceder ou vou perder a alma brasileira. Então sovaco peludo num pode. Unha pintada só no meio e toda descascando por semanas a fio também não. Comer haggis eu passo. Essa mania de achar que toda vaca e todo ovo tem que vir da Escócia eu também deixo de lado.

Afora a questão culinária eu tenho me adaptado ao ambiente. Hoje, por exemplo, eu fui gringar ao sol. Sentei no parque, deitei na grama e fiquei lá, praticando o ócio criativo ao sol enquanto as crianças jogavam bola. Aliás, num comentário a parte, apesar do sol a temperatura continuava sofrível, no entanto, a praia estava cheia de gente roupa colocando o pé no mar do norte e sentindo a brisa polar.

Outra gringuice a qual eu aderi sem problemas, voltar andando da balada pra casa ao invés de dirigindo. É perto e seguro... só podia acabar depois das 3 da manhã, não que eu sinta falta de ver o sol nascer ao voltar da balada, porque as 3:30 o sol já está nascendo, mas porque eu sinto falta de curtir e curtir, e curtir e curtir e curtir... 

Mais uma que eu me adaptei super fácil: ingresso unificado de cinema. É... eu pago um valor mensal e assisto quantos filmes minha lombar me permitir. Mais uma das escocices que eu me adaptei super fácil: pint. Cerveja no pint é gostoso, beba que eu acabo bebendo mais do que devo, mas em breve eu estarei mais adaptada (ao álcool, não a beber menos).

Mas a alma é brasileira e entre adaptar o meio a mim e me adaptar ao meio eu vou levando e continuo esperando as visitas.

Um comentário:

Rosa Colombrini disse...

Toda escolha tem pontos positivos e negativos...talvez, essa reflexão passe pelo fato de que todos somos capazes de fazer tudo aquilo que temos motivação para tal e, a adaptação é parte disso.